Escolher o regime tributário adequado para sua empresa é uma das decisões mais importantes que você tomará ao iniciar um negócio ou ao reavaliar sua forma de tributação.

A escolha certa pode ser a diferença entre pagar mais impostos do que o necessário ou conseguir uma economia significativa.

Neste artigo, vamos explicar os diferentes tipos de regimes tributários, como escolher o melhor para sua empresa e, principalmente, como economizar nos impostos de forma legal e eficaz.

O que é Regime Tributário?

O regime tributário é o conjunto de regras que determina como os impostos serão pagos por uma empresa. Essas regras variam de acordo com o porte da empresa, o tipo de atividade que ela exerce e o faturamento anual.

O objetivo do regime é simplificar e organizar o pagamento de tributos, mas, ao mesmo tempo, é fundamental para otimizar a carga tributária, ou seja, o valor que será pago aos cofres públicos.

Existem basicamente três regimes tributários no Brasil: o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. Cada um tem características distintas, e a escolha do regime certo pode impactar diretamente a forma como a empresa paga impostos.

A seguir, veremos as características de cada um deles e como eles podem influenciar na economia tributária.

1. Simples nacional

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado voltado para microempresas e empresas de pequeno porte. A principal vantagem do Simples é a unificação dos tributos, o que facilita a gestão fiscal da empresa.

Em vez de pagar diversos impostos separadamente (como PIS, COFINS, ICMS, ISS, etc.), o empresário paga um único tributo, calculado com base no faturamento da empresa.

A tabela de alíquotas do Simples Nacional varia conforme a receita bruta anual da empresa, podendo ser mais vantajosa para aqueles que têm um faturamento mais baixo.

O Simples Nacional oferece várias vantagens, especialmente para quem está começando um negócio.

A tributação simplificada e as alíquotas menores fazem com que o regime seja atraente para quem deseja economizar nos impostos.

No entanto, é importante ficar atento ao limite de faturamento, que é de R$4,8 milhões anuais.

Caso a empresa ultrapasse esse valor, ela será automaticamente excluída do Simples Nacional, o que pode resultar em um aumento considerável na carga tributária.

2. Lucro presumido

O Lucro Presumido é um regime tributário que pode ser adotado por empresas com faturamento anual de até R$78 milhões.

Nesse modelo, a tributação é feita com base em uma presunção de lucro, que varia conforme a atividade da empresa. Ou seja, a Receita Federal presume um lucro para a empresa e aplica a alíquota de impostos sobre esse valor.

Por exemplo, para empresas comerciais, a presunção de lucro é de 8% sobre a receita bruta, enquanto para empresas de serviços, a presunção pode ser de 32%.

A principal vantagem do Lucro Presumido é a simplificação no cálculo dos impostos, já que a empresa não precisa fazer um controle tão detalhado sobre as despesas operacionais, como no Lucro Real.

Além disso, a carga tributária pode ser mais vantajosa do que no Simples Nacional para empresas com maior faturamento, especialmente se o lucro real for significativamente menor do que a presunção.

No entanto, é preciso lembrar que, embora o regime ofereça certa economia tributária, ele não é ideal para todas as empresas.

Se a empresa tem uma margem de lucro muito baixa ou apresenta prejuízos recorrentes, o Lucro Presumido pode não ser a melhor opção, já que a tributação será feita sobre o lucro presumido, que pode ser maior do que o lucro real da empresa.

3. Lucro real

O Lucro Real é o regime tributário mais complexo, e geralmente é adotado por empresas de grande porte ou aquelas com faturamento superior a R$78 milhões anuais.

Nesse modelo, a tributação é feita com base no lucro real da empresa, ou seja, a empresa paga impostos sobre o lucro efetivamente apurado no período.

Isso significa que todas as receitas e despesas da empresa devem ser registradas de forma detalhada para calcular o lucro real e, consequentemente, a carga tributária.

O Lucro Real pode ser vantajoso para empresas que têm despesas elevadas ou que operam com margens de lucro baixas, pois, nesse caso, a tributação será feita sobre o lucro efetivo, permitindo uma maior economia nos impostos.

Empresas que realizam investimentos significativos ou que possuem um controle rigoroso de suas despesas também podem se beneficiar desse regime.

No entanto, o Lucro Real exige uma contabilidade mais rigorosa e detalhada, o que pode aumentar os custos com a gestão fiscal da empresa.

Além disso, a apuração dos impostos é mais complexa, o que exige mais tempo e dedicação por parte do empresário ou do contador.

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Como economizar nos impostos escolhendo o regime certo?

A escolha do regime tributário é essencial para quem deseja economizar nos impostos.

A seguir, listamos algumas dicas para ajudar você a escolher o melhor regime para sua empresa e maximizar a economia tributária:

1. Avalie o faturamento da empresa

O faturamento anual da empresa é um dos principais fatores que influenciam a escolha do regime tributário.

Se sua empresa tem um faturamento abaixo do limite do Simples Nacional (R$4,8 milhões), esse regime pode ser uma excelente opção, pois oferece uma tributação simplificada e alíquotas menores.

Para empresas com faturamento superior a esse valor, o Lucro Presumido ou o Lucro Real podem ser mais vantajosos, dependendo da margem de lucro da empresa.

2. Considere a margem de lucro

A margem de lucro da empresa é outro fator importante.

Empresas com margens de lucro altas podem se beneficiar mais do Lucro Presumido, enquanto aquelas com lucros mais baixos podem ter vantagens no Lucro Real.

O Simples Nacional, por sua vez, pode ser a melhor opção para empresas com lucros menores ou que ainda estão em fase de crescimento.

3. Avalie os custos operacionais

Empresas com custos operacionais elevados, como despesas com matéria-prima ou mão-de-obra, podem se beneficiar do regime de Lucro Real, pois esse modelo permite descontar essas despesas diretamente da base de cálculo dos impostos.

Isso pode resultar em uma economia considerável.

4. Busque consultoria contábil

A melhor forma de escolher o regime tributário ideal é buscar a ajuda de um contador especializado.

Ele pode avaliar sua situação financeira, o perfil da sua empresa e recomendar o melhor regime para reduzir a carga tributária de forma legal e eficaz.

Conclusão

Escolher o regime tributário adequado é fundamental para quem deseja economizar nos impostos e otimizar a gestão fiscal da empresa.

Cada regime tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha depende de fatores como faturamento, margem de lucro e custos operacionais.

Ao entender as características de cada regime e analisar cuidadosamente a situação financeira da sua empresa, você pode tomar decisões informadas que resultarão em uma carga tributária mais justa e vantajosa.

Lembre-se de que, independentemente do regime escolhido, a chave para economizar nos impostos está na correta gestão fiscal e no acompanhamento constante das finanças da empresa.

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